segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Avantasia-The Wicked Symphony (2010)

Aproveitando a turnê "The Metal Opera Comes to Town" da banda que posto hoje, que inclusive passará pelo Brasil ainda esse mês, disponibilizo aqui um de meus discos favoritos não só da banda como do heavy metal em geral.

Avantasia é o projeto paralelo do vocalista/compositor/baixista/produtor Tobias Sammet conhecido inicialmente pela sua banda Edguy que, após lançar em 1999 o disco "Vain Glory Opera" com algumas participações especiais, inspirou Sammet em montar uma metal opera lotada de amigos e ídolos do heavy metal e hard rock, aos 20 e poucos anos do líder da banda é lançado o debut "The Metal Opera pt 1" seguido da segunda parte dois anos depois, os discos contam com nomes como Michael Kiske (ex-Helloween), Bob Catley (Magnum), Timo Tolkki (Stratovarius), Andre Matos (Viper, Angra, Shaman, Virgo, solo) e muitos outros.

Pelo fato do Avantasia ser formado apenas por músicos com renome no estilo e com suas próprias bandas era inviável fazer shows da banda, até que em 2008 Sammet alavanca o Avantasia de forma que se tornasse equivalente à sua banda principal, com o disco e a turnê "The Scarecrow" foi revolucionado esse sub gênero em particular do metal, o álbum conta com o baterista Eric Singer (Kiss, Alice Cooper, Black Sabbath), o guitarrista e produtor Sascha Paeth (Heaven's Gate, Virgo), o próprio Sammet no baixo além de novos vocalistas como Alice Cooper, Roy Khan, Amanda Sommerville e Jorn Lande, esse último consolidado inclusive entre nomes gigantescos dos anos 70 como o melhor vocal da atualidade, "The Scarecrow" traz consigo uma história bastante original no que concerne aos discos conceituais de heavy metal, completando uma trilogia da história com os discos "The Wicked Symphony" e "Angel of Babylon" lançados simultaneamente esse ano, tendo assim, tal como nos "Metal Opera" personagens representados pelos vocalistas.

"The Wicked Symphony", o segundo da trilogia, é assim como os outros, um disco bem variado dentro de seus limites, com baladas sentimentais fantásticas tais como "Runway Train" e "Blizzard on a Broken Mirror", músicas absolutamente épicas como a faixa título, a violenta "Scales of Justice" que conta com a temebrosa voz de Tim Ripper Owens (Judas Priest, Iced Earth) e outras que puxam mais para o hard rock, como é o caso de "Dying for an Angel" que traz Klaus Meine (Scorpions) e mais um de vários fantásticos duetos entre Tobias Sammet e Jorn Lande- "Forever is a Long Time".

Tracklist com os respectivos vocalistas:

# "The Wicked Symphony" - 9:28 (Tobias Sammet, Jorn Lande e Russell Allen)
# "Wastelands" - 4:44 (Tobias Sammet e Mchael Kiske)
# "Scales of Justice" - 5:04 (Tim Ripper Owens)
# "Dying for an Angel" - 4:32 Tobias Sammet e Klaus Meine)
# "Blizzard On a Broken Mirror" - 6:07 (Tobias Sammet e Andre Matos)
# "Runaway Train" - 8:42 (Tobias Sammet, Michael Kiske, Jorn Lande e Bob Catley)
# "Crestfallen" - 4:02 (Tobias Sammet e Jorn Lande)
# "Forever is a Long Time" - 5:05 (Tobias Sammet e Jorn Lande)
# "Black Wings" - 4:37 (Tobias Sammet e Ralf Zdiarstek)
# "States of Matter" - 3:57 (Tobias Sammet e Russell Allen
# "The Edge" - 4:12 (Tobias Sammet)

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Apologia da História ou o ofício de historiador - Resenha


Escrito em cárcere, “Apologia da História ou o ofício de historiador” é o último livro de Marc Bloch, livro este que além de carecer oficialmente de fontes não foi finalizado pelo fato de em 1944, Marc Bloch ter sido fuzilado por Klaus Barbie, pois fazia parte da resistência francesa, ou seja, um intelectual (ou “erudito” nas palavras do próprio Bloch) engajado em seu tempo como o historiador defende neste livro.

A ação do homem no tempo, eis o objeto da história, e o autor estabelece como tal durante o primeiro capítulo desconstruindo a ideia de que o objeto da história seria o passado como afirmara tanto a historiografia tradicional, a Escola Metódica.Ora, o que é o passado e o próprio tempo sem o agente histórico para definir tais elementos?Bloch ainda critica a história dos grandes acontecimentos e grandes nomes.”Há nesse sentido, uma história do sistema solar” ironiza o autor fazendo uma analogia com a astronomia, ainda que os grandes nomes não deixem de ser também agentes históricos.É necessário também, para Bloch, contextualizar o momento histórico, “nunca se explica plenamente um fenômeno histórico fora do estudo de seu momento”, afinal, o homem é fruto de seu tempo como Bloch insiste em deixar claro ao longo do capítulo, sendo assim, é necessário saber as causas de determinadas ações, perceber onde e quando está inserido o agente histórico, e isso se aplica também aos próprios historiadores: “A incompreensão do presente nasce fatalmente da ignorância do passado.Mas talvez não seja menos vão esgotar-se em compreender o passado se nada se sabe do presente.”

Bloch segue desmontando a ideia de história verdade, os objetos de estudo do historiador são demasiados distantes, portanto, não podemos afirmar precisão de conhecimento do objeto estudado.É estabelecido aqui, um princípio científico importantíssimo, um caráter hipotético que mais tarde o filósofo Karl Popper aplicará a todas as ciências em sua teoria do conhecimento, afinal, o conhecimento histórico, tal como o conhecimento científico num todo, se modifica, se aperfeiçoa.Isso inclui para o cientista, assumir a ignorância quando determinado conhecimento se mostra ainda inviável.Segue-se ampliando a noção de fonte, um historiador não deve apenas se ater aos documentos, mas ter também como objeto de análise determinados acessórios que condizem e/ou que estão inseridos no momento histórico estudado, amplia-se nesse sentido, a própria noção de documento além de colocar em contextualização os objetos que auxiliam a pesquisa.Entretanto, é preciso também esclarecer que ao contrário do que diz o positivismo, o documento não fala por si só, tudo depende da posição do historiador enquanto questionador.

Apesar de tamanha importância do agente histórico, da ampliação da ideia de documento e do sugerido zelo pelos relatos, Bloch alerta:

Que a palavra das testemunhas não deve ser obrigatoriamente digna de crédito, os mais ingênuos dos policiais sabem bem.Livres, de resto, para nem sempre tirar desse conhecimento teórico o partido que seria preciso.Do mesmo modo, há muito tempo estamos alertados no sentido de não aceitar cegamente todos os testemunhos históricos.(pág. 89)

Mas é preciso também ser cuidadoso com a incredulidade, o historiador critica também o ceticismo por si só, o ceticismo inerte que não se sustenta, faz no capítulo III uma genealogia da dúvida usada como método crítico na construção do conhecimento além de sua contribuição para o próprio método científico, e a história, sendo uma ciência, deve apropriar-se cientificamente de tal dúvida.Essa dúvida deve se fazer presente no próprio questionamento ao documento, pois o mesmo não se torna menos válido pela falta de veracidade, é preciso saber as intenções, interesses por trás de determinadas falsificações e suas conseqüências.Para Bloch, tais conhecimentos não são menos válidos do que o que se sabe sobre as ações oficiais, legítimas.Bloch indica um uso do método crítico para a história, “a crítica move-se entre esses dois extremos: a similitude que justifica e a que desacredita”.Método esse que também poderá ser usado para distinguir o documento autêntico do falsificado além de trazer à crítica a interdisciplinaridade proposta desde a introdução do livro; utiliza-se (na crítica) a estatística e a lingüística por exemplo.

O próximo passo é refutar a ideia de neutralidade do historiador, usando como exemplo a figura do juiz, questiona se devemos julgar ou compreender, após reflexiva análise sobre o julgamento que historiadores durante muito tempo fizeram, Bloch conclui que devemos nos ater à compreensão, mas sem negar que trazemos conosco nossos preconceitos, nossas convicções e visão de mundo, sem negar, citando Rousseau, que a sociedade nos corrompe, mas aqui uso tais palavras num sentido mais leviano.Bloch ressalta ainda a importância do diálogo com outras ciências e persistindo que ainda que tenhamos uma gama de especialistas para determinado assunto, não poderemos conhecê-lo em sua totalidade.

No capítulo inacabado, o historiador discorre sobre a causalidade na história, retomando tal conceito que fora negado pelo positivismo mas também evitando demasiada preocupação com o assunto visto que a mesma poderia trazer um olhar teleológico.Faz também uma crítica ao positivismo mas reconhecendo seus aspectos que não foram descartados pelos Annales, um deles é estabeler a história como ciência, além de citar durante o livro seus professores da Escola Metódica além de outros historiadores positivistas que trataram de assuntos que o próprio Bloch em seu último livro viria a discutir com mais profundidade.

“Apologia da História” é leitura essencial para a formação do historiador, através deste livro, Marc Bloch amplia a noção de documento, a possibilidade de objetos de estudo e quebra paradigmas conservadores no que se trata de fazer ciência.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Serge Gainsbourg

Serge Gainsbourg (1928 - 1991). Músico, ator, produtor e diretor cinematográfico, foi um dos maiores e mais influentes artistas franceses do século XX. O romance intenso com a atriz e cantora Jane Birkin foi uma das maiores inspirações de Gainsbourg. Desse relacionamento, surgiram canções como Je suis venu te dire e a imortal Je t'aime moi non plus. O casal teve uma filha, a também cantora Charlotte Gainsbourg. Viciado em cigarros, álcool, mulheres e versos com temas polêmicos, colecionou escândalos e amantes durante toda a vida.


Serge e Jane Birkin - 1969


Serge Gainsbourg

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Rio de Janeiro



Apesar de morar em São Paulo, sou carioca e venho acompanhando com muita atenção o que ocorre no Rio de Janeiro, e percebo um certo espírito de bonança após mais de vinte anos de tempestade forte.
Todos felizes, contentes com a ação da policia e com as forças armadas nas ruas. Os programas sobre crimes que tem pela televisão e que fazem muito sucesso comemoram o sucesso da operação na favela da Penha e no complexo do Alemão.
Porem, a que custo isso tudo? Hoje percebo um Rio de Janeiro desmoralizado, ouvindo piadinhas nas filas do banco sobre o Rio.
O Rio de Janeiro foi tomado não apenas por organizações criminosas, mas foi rotulado como o grande problema do Brasil, como se apenas no Rio de Janeiro houvesse problemas.
O Rio de Janeiro é sim uma bela cidade, que atrai turistas do mundo todo, e que vai sediar uma olimpíada (se o Rio de Janeiro DEVE sediar tal evento, depende muito de opinião pessoal), no entanto, a ação da policia veio tarde de mais, afinal há vinte anos o Rio vive este problema.
Enfim, será que o resultado de toda essa ação será duradouro? Desarticular o tráfico não significa acabar com ele, afinal enquanto tivermos usuários, haverá o tráfico.
Há um tempo atrás conversando com um amigo, ele me chamou a atenção para a bandeira do Estado do Rio de Janeiro, que tem em seu centro, uma águia pousada sobre o globo, como se a dominasse.
Deixo uma pergunta no ar. Quem é a águia? O estado? O governo? Ou o tráfico de drogas?

O cafajeste





Confesso que adorei a idéia do blog, é a oportunidade de mostrar algumas coisas que já escrevi, mas não tinha pra quem mostrar.
Nessa semana estávamos conversando na faculdade sobre mulheres, romantismo, quando Daniel disse: eu duvido que mulher realmente goste de canalhas.
A principio eu concordei, depois empolgado com idéia do blog revirei algumas anotações minhas achei esse texto abaixo, que já falava exatamente dessa coisa do cafajeste, eu o terminei, ele fico assim meio confuso, mais leiam e apreciem (ou não).

Vou falar das mulheres eu que mal as entendo, não vou falar das coxas, bundas e seios, falar de uma áurea mais fluida que sempre a percorre, li em um lugar que cabeça de mulher é uma metáfora e de homem e uma metonímia, mulher compõe quadro mentais se montam em conjuntos simbólicos sem fim como a arte, o homem quer começo meio e fim, mais ciência.
Não quero falar de mulher sociologicamente, mas sim de seu sétimo órgão, todas têm uma espécie de ponto G da alma, começo dizendo que as mulheres nunca estão com cabeça no lugar, por isso quer que os homens estejam com a sua no lugar onde elas acham que estão. Não é só exterior de uma mulher que nos interessa, a lingerie também é importante, a cosmética é a cosmologia da mulher.
O termômetro das mulheres é: “estou sendo amada ou não!? Então vem o bocejo em seu rosto entediado, será que ele me ama ainda !?” Elas só pensam nisso, o amor para elas é lugar onde se sentem seguras, geralmente elas não acreditam em nosso amor, quando tem certeza dele, param de nos amar.
Uma amiga me disse, quando um homem me diz, eu te amo perco interesse na hora, a mulher adora homem impalpável, impossível ele ganha uma áurea que as hipnotizam, toda mulher é madame Bobarri, todo canalha é mais amado que um bonzinho.
Mulher não tem critério pode amar toda vida um canalha, vagabundo, e desprezar um devoto, mulher não quer amor a seus pés ela sofre com um canalha, mas isso a engrandece, pois ela tem uma missão; convencê-lo que a ama.
A mulher nunca é corna, é traída e enganada, e vira uma santa para as outras. E homem canalha? Esse também vira um santo dentre o seus, e para elas ganha uma magia incrível de tentar entender porque a sua amiga se deixo levar por aquela barba cerrada e aquela conversa mole? Quando percebe já faz parte do clube.
Só pra finalizar e deixar bem claro, este canalha que cito aqui é antigo canalha, aquele que gosta de mulher acima de tudo, gosta tanto que não é capaz de se prender a uma. E não esse tontos que ganham esse nobre titulo hoje em dia, por beijar 18 mulheres em uma noite que não se lembraram nem do nome dele na enfermaria após seu coma alcoólico.

Para iniciar minhas postagens


Bom para começar minhas postagens, vou citar um cronista incrível do qual sou muito fã, Arnaldo Jabor.
Arnaldo dispensa apresentações, creio que todos já conheçam seu humor incomparavel, e sua sensibilidade em suas cronicas, por isso vou deixar aqui uma sobre o amor, que é absolutamente genial.
Bom sem mais, aqui vai.





Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os
honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes
batendo a porta.
O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro
amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.
Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.
Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.
Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.
Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.
Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem
alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no
ódio vocês combinam. Então?
Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo
dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora
implicar com você. Isso tem nome.
Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o
primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos
empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a
menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.
Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele
toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama
este cara?
Não pergunte pra mim; você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais.
Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma
boa comédia romântica também tem seu valor.
É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e
seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom
saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura
por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.
Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?
Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas
uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.
Não funciona assim.
Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.
Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!
Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso.
Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de
quem precisa.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Novo no blog

Ola pessoal, boa noite à todos os nossos 7 seguidores.

Estou só pra mostrar que cheguei, ainda não tenho uma post interessante, mas prometo desenvolver algo ainda esse fim de semana.



Ah prometo também trocar essa foto.... em breve